"A Defensoria Pública do Estado de São Paulo entrou com um pedido na 2ª Vara Cível de Carapicuíba, na região metropolitana de São Paulo, para tentar prorrogar em 90 dias o prazo para reintegração de posse do terreno onde está a Favela do Savoy.
A reintegração de posse já foi determinada pela Justiça e está marcada para o dia 6 de março.
O terreno é da Savoy Imobiliária Construtora, que luta desde 2005 para reaver a área de 66 mil metros quadrados, onde vivem cerca de 700 famílias (aproximadamente 3,5 mil pessoas).
De acordo com a defensora pública Carolina Dalla Valle Bedicks, a preocupação é com as pessoas que não tem para onde ir, já que Carapicuíba não tem abrigos públicos e os dois únicos ginásios da cidade não têm condições de segurança e higiene para receber os moradores. “Pedimos essa prorrogação para que o Poder Público possa providenciar um lugar para as pessoas irem”.
Segundo o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), João de Albuquerque, o Jota, os moradores estão apreensivos porque convivem com a possibilidade de despejo há muito tempo. “Existem compromissos por parte do governo municipal de tentar adiar o despejo, mas, até agora, as pessoas não têm motivo para comemorar, ainda há um clima de tensão”
Para o líder do movimento, apesar de a prefeitura ter meios para solucionar o problema, os governos estadual e federal também devem atuar.
Ele assegurou que os moradores estão dispostos a resistir, caso a decisão judicial "de retomar do terreno seja mantida. “Nós tememos que haja violência, mas é difícil [evitá-la] em um dia de despejo, quando não se tem controle nem de um lado nem de outro”.
Mas a opção pelo confronto não é compartilhada pelos moradores da favela.
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